O que a tecnologia 5G significa para o mundo dos games?

Wow, a indústria de jogos explodiu nos últimos anos, com vários deles se tornando uma verdadeira febre.

O Fortnite é um desses exemplos, e vem conquistando centenas de milhões de usuários no mundo todo. Ao mesmo tempo, jogos clássicos, como Call of Duty e os novos RPGs da CD PROJEKT RED – The Witcher 3 e Cyberpunk 2077 – continuam a atrair tanto os novos jogadores quanto os fanáticos.

A crescente popularidade dos jogos foi impulsionada por uma democratização do setor com a redução de barreiras tecnológicas e de custo. A rede 5G entra como uma facilitadora para levar os games do tipo “click-and-go” a um outro patamar, impactando a indústria de algumas maneiras.

Jogar como se assiste a um filme

No início deste ano, a Google divulgou informações sobre um serviço de streaming sob demanda chamado Google Stadia. Apelidado como a “Netflix dos Jogos”, o Stadia foi projetado para atender às necessidades de uma população que está cada vez mais acostumada a consumir mídia direto da fonte.

A rede 5G e seu potencial para oferecer velocidades de até impressionantes 50 Gbps ajudarão a alimentar plataformas como a do Stadia. Como é de conhecimento de qualquer jogador on-line, o lag – ou a defasagem entre a pressão de um botão do console e a ação na tela – pode ser a diferença entre uma noite divertida entre amigos jogando algum Battle Royale on-line ou uma noite problemática “esmagando” todos os botões do console.

Rede 5G vai revolucionar o mundo e acabar com limites dos eSports

Anunciada para 2020, a quinta geração de internet móvel mudará para sempre nossas vidas e a forma como usamos a internet. Além de maior cobertura e velocidade, o 5G promete uma redução expressiva da latência – capacidade de resposta da rede a um comando –, o que, em se tratando do cenário competitivo dos eSports, pode ser a chave para partidas mais justas e uma mudança radical na forma de jogar e acompanhar campeonatos.

Com uma conexão mais rápida, segura e estável, que é tudo o que se espera da tecnologia móvel 5G, acontecerá uma revolução no cenário de eSports.

Muitos jogadores sofrem com a capacidade de respostas da rede, e o 5G promete reduzir esses problemas de latência a níveis praticamente imperceptíveis. O 5G provocará mudanças no modo de jogar e também na forma como acompanhamos e interagimos nos streamings.

Além da capacidade técnica de um time, a conexão também pode ser decisiva no resultado de campeonatos, principalmente nas qualificatórias, quando os jogadores não compartilham a mesma rede.

Foi o caso do time sul coreano MVP.Hot6ix que, em 2015, pagou mais de US$ 13mil para levar toda a equipe para Singapura, onde poderia reduzir o lag em um décimo de segundo durante as classificatórias do The International, o maior e mais importante torneio de Dota 2 do mundo.

Segundo a Ofcom, agência reguladora de telecomunicação do Reino Unido, a rede 5G em seu potencial máximo oferecerá uma velocidade de 20Gbps por segundo, vinte vezes maior do que a conexão 4G atual.

Baixar o Fortnite para o PC, por exemplo, poderá levar 24 segundos. Será outro patamar, outra experiência, outra vida real e virtual. Claro que há outros aspectos de infraestrutura que devem ser levados em conta, mas nada que afaste a expectativa de uma série de inovações na maneira como consumimos os jogos, que antes não eram viáveis técnica ou economicamente.

Empresas como Intel, 3DAT, Vodafone e Cisco planejam novas formas de imersão do público graças à rede 5G. Recursos imersivos onde os telespectadores terão acesso a estatísticas dos atletas e diferentes ângulos dos lances em tempo real.

Esse sistema foi testado recentemente pela Liga Alemã de Futebol. As operadoras devem expandir a experiência em realidade virtual, o que não é possível atualmente já que a tecnologia exige a geração de imagens instantâneas para evitar vertigens ou mal estar no público.

Torneios de eSports e desenvolvedores de plataformas de Cloud Gaming já deram os primeiros passos em direção a conexão 5G. O ESL Pro League por exemplo, estreará o 5G em um evento de eSports na final do torneio de PUBG mobile. Poderemos ver o 5G em proporções muito maiores com a Intel World Open Tokyo 2020, que realizará um torneio mundial de Street Fighter 5 e Rocket League.

A novidade do torneio é que qualquer um poderá participar, sem a necessidade de um time. Isso se torna possível graças à redução das interferências magnéticas causadas por ambientes com grandes aglomerações. De acordo com a BBC, a conexão 5G comportará um milhão de aparelhos por quilômetro quadrado, sem queda.

É muita evolução! Precisaremos de modens melhores, placas de rede que suportem a conexão e tudo mais. Quanto ao consumidor, pode ser que precise fazer algum upgrade e tenha gasto adicional para se adaptar à tecnologia, mas valerá a pena.

Os gamers sentirão melhoras ao fazerem streams, jogarem em plataformas de cloud gaming, utilizarem realidade virtual, competirem ou mesmo acompanharem partidas profissionais de eSports.

Rede ultrarápida

A rede 5G e a última geração de serviços de banda larga ultrarrápida podem reduzir a probabilidade dos jogadores se depararem com pausas que prejudicam o sentimento de imersão, tornando o Stadia um conceito viável para os jogadores, que estejam jogando em casa ou em outro lugar.

O lag é um dos diversos problemas que os jogadores com conexões de internet deficientes enfrentam diariamente. Os jogadores on-line provavelmente estão familiarizados com as ideias de alta latência, pings e jitter, que podem conspirar para acabar com a experiência do jogo.

Grande parte da cobertura em torno da rede 5G se concentrou em atingir velocidades superiores, quando, na verdade, o foco deve ser a oferta de conexões mais confiáveis que auxiliam na erradicação da alta latência.

Uma vantagem adicional da baixa latência é que os desenvolvedores podem começar a desonerar parte da carga de trabalho computacional de um dispositivo e permitir que fontes remotas suportem parte do processamento.

Isso significa que dispositivos com baterias menores e capacidade térmica limitada, como os smartphones, podem ter jogos mais pesados sem sobrecarregarem. A redução da latência também é vital para ativar as aplicações de Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR).

A ascensão de fones de ouvido independentes e acessíveis, combinada com redes móveis que podem conectar usuários sem lags, está melhorando cada vez mais a viabilidade dessa área de jogos.

Considerando a importância da imersão do jogador envolvida com VR e AR, a necessidade de eliminar as interrupções no jogo é da máxima importância e a rede 5G pode fazer isso.

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